Dia dos Namorados



Enquanto a Europa e os EUA comemoram o dia dos namorados no dia 14 de fevereiro (Valentine’s Day), no Brasil o dia dos namorados é tradicionalmente comemorado na véspera do dia de Santo Antonio, o santo casamenteiro, como dizem os católicos. Alguns dizem que o dia dos namorados no dia 12 de junho foi invenção de um publicitário que descobriu a data (Valentine’s Day) em suas viagens para o exterior. Esse publicitário era João Dória, o pai, não o filho que hoje é prefeito de São Paulo.
Segundo essa teoria, a data surge como uma estratégia de marketing para alavancar as vendas, pois a celebração do romance deveria ser comemorada com a troca de presentes. Se essa é a origem ou não do dia dos namorados aqui no Brasil, pouco importa para este momento, pois apesar da curiosidade histórica, o que pretendemos falar a seguir é sobre o que o dia dos namorados pode significar para homens e mulheres reformados que celebram ou pretendem um dia celebrar essa data ao lado de um(a) companheiro(a).
É comum, numa rápida busca do google, encontramos uma lista com as qualidades que um rapaz deve ter para ser o marido ideal, bem como uma lista com as qualidades que uma moça deve ter para ser a esposa ideal. A Escritura Sagrada, nossa regra de fé e prática, também vai listar qualidades essenciais que homens e mulheres devem pedir a Deus para que possam ser bons companheiros e fieis a Santa Palavra. Blogs e páginas para falar sobre o assunto com propriedade podem ser encontrados no link a seguir (http://busca.teo.br/) e para nós, um casal que ainda está caminhando no matrimônio, fica até difícil imaginar uma forma de contribuir para além do que o leitor poderá encontrar no link que indicamos.
Contudo, queremos deixar aqui uma dica de literatura para você leitor, que é cristão, teme a Deus e entende que o mundo ideal e a realidade nem sempre se encontram. A busca pelo esposo perfeito e pela esposa perfeita será difícil, pois na caminhada descobrimos que o pecado nos atingiu de tal forma que a perfeição não é possível mais.
Sendo assim, indicamos como leitura agradável e altamente recomendável o livro “Celebração do Matrimônio” uma biografia matrimonial disponibilizada por Edith Seville, a filha de um casal de missionário e que se tornou a Srª Schaeffer. No livro, ela narra não somente sobre os dias felizes, mas também sobre as dificuldades que encontraram ao longo dos quarenta e oito anos, dez meses e uma semana de matrimônio, até que a morte os separou. Neste livro o leitor vai poder descobrir a beleza do matrimônio, bem como as dificuldades que surgem. Você irá se emocionar com o dia do casamento, uma bela tarde de verão na cidade de Filadélfia, onde será possível sentir o dia e o momento vivido por eles, assim como também dificilmente conterá as lágrimas quando ler sobre os últimos dias vividos lado a lado pelo casal Schaeffer, onde Francis, no dia 15 de maio de 1984, às quatro horas da manhã ausentou-se de seu corpo. A coragem de enfrentar o câncer do esposo e a difícil decisão que Edith teve que tomar diante dos médicos, cobrirá de emoção a sua leitura.

Segue abaixo um trecho e o link que o leitor poderá encontrar essa obra prima quando o assunto é família.


“O Encontro de Edith e Francis”

Era 26 de junho de 1932. Eu havia me formado do segundo grau havia pouco tempo. Naquela noite de domingo saí para o encontro usual da mocidade da igreja. O tema naquela ocasião havia sido selecionado pelo “líder”, Ed Broom. Apesar do fato de ele ter deixada a Igreja Presbiteriana e o nosso grupo de jovens para se tornar membro da Igreja Unitária, isso não parecia nenhum empecilho para nós, e assim ele era o líder naquela noite. O título da sua apresentação foi “Como sei que Jesus não é o Filho de Deus e como sei que a Bíblia não é a Palavra de Deus”. Sentei-me e logo estava prestes a explodir. Enquanto escutava, a minha reação foi relacionar itens na minha cabeça para usar numa réplica - coisas que havia aprendido anteriormente, em várias palestras sobre os manuscritos originais, que poderiam ser úteis para as pessoas que estavam escutando, ainda que não produzissem qualquer efeito em Ed Broom. Quando ele terminou, eu me levantei imediatamente. Mal havia aberto a boca, quando uma outra voz começou a fala calmamente. Era a voz de um moço. Recostei-me novamente na cadeira e, surpresa, fiquei ouvindo.
“Vocês todos poderão pensar que aquilo que eu vou falar aqui foi influenciado pelo fato de eu ter estudado com um certo professor de Bíblia no Hampden Sydnaeu College que algumas pessoas aqui chamariam de “fora da moda”. Ele ensina que a Bíblia é a Palavra de Deus, e eu acredito nisso. Quero dizer que eu sei que Jesus é o Filho de Deus. Ele também é meu Salvador e mudou a minha vida. Estive ausente durante o ano todo, e esta é a primeira vez que vocês estão me vende desde que saí para estudar.  Apesar de eu não poder dar uma reposta para todas as coisas que o Ed falou aqui, quero que vocês saibam exatamente o que eu estou pensando agora”
“Quem é ele:” perguntei à Ellie ao meu lado. “Eu não sabia que ainda havia alguém realmente crente nesta igreja...” “Ele”, chochichou Ellie,”é Francis Schaeffer, e seus pais estão muito chateados com ele porque não querem que ele seja pastor”. Eu, mentalmente, resolvi procurar um meio para consolar “o pobre coitado”, mas então me levantei depressa para dizer o que eu pretendia falar anteriormente.
O que falei era um resumo de algumas citações de dois doutores teólogos, Machen e Robert D. Wilson. Era uma espécie de apologética pela veracidade da Bíblia extraída de coisas lidas ou ouvidas em conferências. Ao terminar, me sentei. Enquanto eu falava, Fran cochichou com Dick, o rapaz sentado ao seu lado. “De onde surgiu esta moça? Eu não imaginava que havia outra pessoa nesta igreja sabendo destas coisas”. Dick respondeu: “Ela se chama Edith Seville e faz pouco tempo que chegou aqui, de Toronto, no Canadá. Seus pais foram missionários na China”.
Cantamos o último hino e recitamos as palavras “Vigie o Senho entre mim e ti quando estivermos separados um do outro”. Depois começou a confusão usual, como todo mundo tentando sair logo para participar do programa “verdadeiro” na casa de alguém da turma. Observei enquanto Dick e Fran Schaeffer passavam pelo meio das pessoas para virem em minha direção. De repente, Dick estava falando, “Edith, quero lhe apresentar a Fran Schaeffer. Fran, esta é Edith Seville”. (Naqueles dias, ainda se faziam apresentações!) As próximas palavras de Fran foram: “posso deixa-la em casa?” A minha resposta foi: “Desculpe-me, mas eu tenho um compromisso”. Fran foi direto e persuasivo: “Desfaça”. O desejo de conversar com alguém que realmente acreditava e que tinha coragem suficiente para declarar seu ponto de vista venceu a minha inclinação natural de não desfazer compromisso, apesar de ele ser apenas ir até a casa de Ellie. E assim eu respondi: “Está certo, eu aceito”. Saímos da igreja, seguidos por Dick e vários outros que estavam se informando sobre a melhor maneira de chegar até a casa da Ellie. Riram de Fran porque ele não estava conseguindo achar as suas chaves. (Fran sempre teve medo de não poder encontrar uma chave quando era preciso!) E logo partimos.
A nossa conversa girou em torna de coisas sérias do Cristianismo – não apenas na sua defesa, mas também sobre as maravilhas que críamos. Mas o nosso encontro havia acontecido no “campo de batalha” e durante quase quarenta e nove anos nós ficaríamos de pé, nos dois lados da sala, por assim dizer, mas no mesmo lado das controvérsias, numa diversidade de lugares e no meio de uma história sempre contínua.


https://www.editoraculturacrista.com.br/loja/livro/celebracao-do-matrimonio-833

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